Receba insights e boas práticas sobre inovação de alimentos
Preencha o formulário abaixo e receba conteúdo exclusivo sobre inovação de alimentos
Desenvolveu uma nova matéria-prima para o produto incrível que você acabou de lançar? Então bora criar uma especificação de entrada de matéria-prima – esse documento que formaliza quais sãos os parâmetros de qualidade que precisam ser atendidos por qualquer fornecedor que queira ser chamado de “seu”.
Tem muita empresa que recebe a especificação do fornecedor (que é uma especificação de SAÍDA) e adota a mesma como a sua especificação de ENTRADA. Um erro bem comum e que pode custar bastante – afinal, quando adotamos a especificação de um fornecedor X, podemos estar assumindo critérios de qualidade que não nos interessam ou que somente ele pode atender. Podemos inclusive estar aceitando parâmetros que não atendem à legislação (já vi acontecer, oh e como!).
Para piorar, quando adotamos a especificação do fornecedor X, tornamos mais difícil o processo de homologar o fornecedor Y: afinal, o X sabe que o Y existe, e embutida na sua especificação estão os seus diferenciais competitivos, aquilo que o distingue justamente do Y. Esse diferencial pode ser importante para você, ou pode não significar nada no seu contexto – portanto, vale a pena a pergunta: o que é qualidade de matéria-prima para a sua empresa?
Neste artigo então vamos destrinchar a criação desta especificação de entrada de matéria-prima, para que você melhore a sua homologação de novos fornecedores e tenha critérios mais adequados para a inspeção de entrada de produtos.
(Matéria-prima aqui entendida de forma ampla: ingrediente, aditivo, ou qualquer item usado nas receitas dos alimentos, ok?)
Ah, mas por que falar isso em um site sobre Pesquisa e Desenvolvimento? Porque desenvolveu novo produto, nova matéria-prima, novo ingrediente, nova embalagem, novo equipamento – criou nova especificação para tudo isso. A responsabilidade sobre especificar critérios para novos itens é de quem os criou: P&D.
A minha recomendação é sempre começar simples e aumentar a complexidade conforme a gente aprende sobre a nova matéria-prima. O que não pode faltar nesta especificação:
As informações que são inseridas na especificação de entrada de matéria-prima são um acordo entre legislação, necessidades da empresa, capacidade de fornecimento, requisitos de clientes e a ciência mais atual sobre o assunto.
Preencha o formulário abaixo e receba conteúdo exclusivo sobre inovação de alimentos
Legislação: as fontes são as tradicionais (ANVISA, MAPA, Inmetro, por exemplo) e também legislação internacional no caso de aditivos (principalmente JECFA e FCC). Você já sabe onde encontra a legislação de alimentos agrupada, não é? Na Alimentus.
Necessidades da empresa: dependendo de como o seu Sistema de Qualidade é estruturado e a destinação dos produtos finais, você pode ter necessidades específicas, como um controle mais rigoroso de fragmentos ou de contaminantes inorgânicos.
Requisitos de clientes: os requisitos de clientes muitas vezes têm efeito cascata – só podem ser plenamente satisfeitos se a cadeia toda atender. Um caso bem claro disso é a questão de alergênicos.
Ciência mais atual sobre o assunto: pode até não ser legislação, mas lembre-se: empresa consciente vai além da legislação. Se há um perigo que você pode controlar, por que não fazer isso proativamente, melhorando a qualidade e segurança dos alimentos? Afinal, a indústria está sempre reclamando de que tem muita legislação para cumprir, mas ela só deixa de ser necessária quando houver uma autorregulação no setor (coisa que a gente previu para os próximos 10 anos, no ebook Horizonte 30 Food).
E por que eu menciono capacidade de fornecimento?
Simples: a gente quer o céu, mas infelizmente a cadeia de fornecimento no momento pode não estar preparada para nos entregá-lo. Então é uma negociação, mediada é claro pelo seu poder de convencimento e compra, entre o que você deseja e o que é possível entregar hoje. Lembro também do termo melhoria contínua – no futuro, tudo pode ser feito, caso trabalhemos para tal.
(Você pode complementar esta leitura com o texto cheio de links quentes na Tacta sobre como definir se um aditivo pode ser usado em um determinado alimento.)
A especificação de entrada de matéria-prima tem três funções principais em uma empresa de alimentos:
Entendeu, gostou e quer usar? Para você começar a empregar agora a especificação de entrada de matéria-prima na sua empresa, vou deixar aqui um modelo de Especificação de Entrada de Matéria-Prima para você baixar! Para receber no seu e-mail, clique no botão abaixo:
Juntos podemos causar um grande impacto através de pequenas ações: compartilhe e espalhe a mensagem.
E mais: participe da comunidade privada de +12000 visionários de alimentos que recebe dicas e insights exclusivos.
Sem spam. Só inovação.
Boa tarde!
Gostei muito desse material!
Não consegui obter o modelo de Especificação de Entrada de Matéria-Prima…teria como me enviar por email?!
Desde já muito obrigada!