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Vou te contar uma história natalina.
Em 2004, quando fui morar em São Paulo, passei o Natal na casa de uma amiga. Eu era um bicho estranho por ali, a única que não era da família ou agregada por relacionamento amoroso. Apesar dos primeiros 20 minutos de estranhamento, porque apenas a minha amiga me conhecia (havíamos até morado juntas brevemente) a cultura, em dado momento, me engoliu. Eu virei “da família”: uma forma que aquele círculo usou para entender a minha presença naquele ninho.
Era a primeira vez que eu passava o Natal com outra família. Eles, descendentes de portugueses e donos de padarias na região do Tatuapé, serviram diversos tipos de bacalhau com postas altas, um luxo que eu nunca tinha tido. O que mais me lembro era o bacalhau às natas, coisas da qual nunca nem tinha ouvido falar, que delícia. Muito vinho verde que eu nunca tinha provado.
Nos anos seguintes, eu viria a passar Natais com outras famílias, sempre com este misto de descoberta e estranheza sobre a ceia. Cada ceia de Natal me contava uma história, carregava uma simbologia e passava uma mensagem sobre quem a servia e a quem era servida.
Isso abasteceu o meu entendimento sobre a cultura alimentar brasileira e me fez mais aberta para compreender a diversidade que é o “outro” – diferente de mim. Um prato cheio para a inovação.
Já parou para pensar que a Ceia de Natal é um microcosmo para entender nossos gostos, hábitos e comportamentos alimentares?
Apesar da versão pasteurizada que muitas vezes nos é apresentada pela publicidade (a família feliz ao redor de uma ave natalina), a realidade das Ceias de Natal brasileiras é bem diversa.
Por aqui reina churrasco, farofa, salpicão, pavê, pernil, bobó de camarão, costela assada, manjar de coco, pudim, torta de bolacha, rabanada, antepasto de beringela – só para citar alguns dos pratos que já mapeei entre visionários e visionárias de alimentos em Natais passados, em pesquisas realizadas no meu Instagram.
E mais: no Brasil, a celebração do Natal começa bem cedo e é um marco muito relevante na passagem do tempo e na delimitação do que consideramos família. Enquanto representações de celebrações com amigos são bem comuns em filmes e seriados estrangeiros, os brasileiros passam o Natal tipicamente com quem consideram família – não é à toa que eu era um bicho estranho lá em 2004, no Natal da minha amiga.
O mais provável é que não exista uma ceia Natalina brasileira – e sim inúmeras. que variam entre as regiões, os estados, as cidades e as famílias. Esta variação riquíssima pode servir como uma lente para entendermos o comportamento alimentar dos brasileiros e brasileiras.
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E onde tem comportamento alimentar variado, tem insumo e inspiração para a inovação.
Então, se você trabalha com inovação de alimentos, eu lhe convido a participar do nosso mapa sobre a Ceia Natalina Brasileira em 2023: um estudo sobre o comportamento alimentar brasileiro no período das festas, que vai lhe abrir um portal para a diversidade de culturas que temos no país.
1) Responda ao formulário do Mapa da Ceia Natalina Brasileira, clicando no botão abaixo:
2) Ao final do formulário, entre no grupo de Whatsapp das Ceias Natalinas Brasileiras.
3) Ao longo dos próximos dias, responda às enquetes que serão postadas no grupo.
4) Nos dias 24/12 e 25/12, é SHOW TIME, baby! Compartilhe a sua Ceia de Natal no grupo e veja como outros brasileiros e brasileiras estão celebrando este Natal tropical 🎁🎉
5) Em janeiro, algumas pessoas que responderam ao formulário serão chamadas para uma entrevista, para a gente conhecer um pouco mais sobre os seus hábitos natalinos.
Venha participar deste mapa inovador e descubra como o povo brasileiro celebra o Natal – através do nosso assunto favorito, não é?
Comida.
Natal é uma época que me interessa e fascina muito, tanto que eu até já deixei uns pitacos de projetos que a sua empresa poderia lançar para as festas. É um post atemporal, então vale a pena – veja aqui.
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